GREENHOUSE/SEMEAR
SEMEAR os quatro cantos do mundo numa Greenhouse, é a metáfora da recriação do planeta que habitamos.
Dentro da sala quadrada da Galeria, cujas proporções se aproximam do cubo, podemos imaginar os pontos cardeais Norte, Sul, Este, Oeste, em cima Zénite e em baixo Nadir. Orientações primordiais que permitiram que as sociedades primitivas se organizassem em territórios que lhes pareceram propícios. O acto de espetar uma estaca no solo, ou amontoar uma quantidade de pedras, era o sinal da fundação.
Tomando a sala quadrada como o lugar escolhido para a fundação, Isabel Garcia demarca o território onde encena a criação de um mundo glacial, asséptico, intocado, disponível para todas as possibilidades.
Nas quatro direcções desse mundo, são semeadas matrizes que contêm a génese de tudo o que é material e visível: animais, vegetais, minerais, terrestres, aquáticos e aéreos.
Semear de novo o mundo dentro de uma Greenhouse cúbica, pode parecer uma brincadeira de criança que povoa uma casa de cartão.
Encenar e teatralizar, faz parte da aprendizagem e é um acto de entendimento e interpretação da vida e do mundo.