sexta-feira, 18 de novembro de 2022

ABERTURA DE NOVAS EXPOSIÇÕES NA GALERIA DIFERENÇA || NOV & DEZ

 




ESTE QUE VÊS É O MEU RETRATO
Os Anos Setenta na Coleção da Galeria


Patente de 25 de Novembro a 23 de Dezembro de 2022

Curador 
Victor dos Reis 
Inauguração  
24.11. 22  das 18.00 - 21.00



A exposição Este que Vês é o meu Retrato (verso de um poema de Ana Hatherly) tem curadoria de Victor dos Reis e é constituída por obras sobre papel (em diferentes técnicas de gravura) pertencentes ao acervo da Galeria Diferença e produzidas nas suas oficinas. Com o subtítulo Os Anos Setenta na Coleção da Galeria, a exposição reúne obras realizadas na década de setenta do seculo XX por alguns dos artistas que em 1979 fundaram a galeria, e por outros que aí iniciaram ou deram passos significativos nas suas carreiras.

Criada quatro anos depois da Revolução, a Diferença, foi o primeiro espaço
artístico gerido diretamente por artistas (sob a forma cooperativa) que combinava no mesmo espaço áreas de galeria com as destinadas a oficinas e cursos de criação artística – especialmente de gravura, serigrafia, litografia e fotografia, tecnologias que permitiam a produção em série e, consequentemente, a rápida e barata disseminação das imagens artísticas na nova e democrática cultura visual.

À sua maneira, Este que Vês é o meu Retrato: Os Anos Setenta na Coleção da
Galeria, é um retrato do encontro neste espaço e por vontade própria, de artistas de duas gerações consecutivas, num momento particular do tempo das suas vidas e da cultura do seu País. Artistas que se revelariam fundamentais na arte contemporânea portuguesa e cuja criação no domínio da gravura é ainda pouco conhecida ou considerada periférica na sua obra.




Artistas

Ana Hatherly (1929-2015)
Ana Vieira (1940-2016)
Ângelo de Sousa (1938-2011)
António Cerveira Pinto (1952-)
Artur Rosa (1926-2020)
Eduardo Nery (1938-2013)
Ernesto de Sousa (1921-1988)
Helena Almeida (1934-2018)
Jorge Pinheiro (1931)
José Caldas (1945)
José Conduto (1951-1980)
Julião Sarmento (1948-2021)
Leonel Moura (1948)
MAN (1941)
Manolo Calvo (1934-2018)
Monteiro Gil (1943)
Salette Tavares (1922-1994)




 




Gravura, onde me levas ? 

Patente de 23 de Novembro a 21 de Dezembro de 2022

Artista
Pissarro 

Inauguração  
23.11. 22  das 18.00 - 21.00


A gravura e os seus numerosos e variados processos técnicos conduzem-nos amiúde por caminhos inesperados.
Cortes e recortes, colagens, manchas, monotipias, grafites... desenvolvem-se em surpreendentes composições/desenhos onde se misturam o real e o onírico. 
A matéria é limitação e desafio. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Exposição | a ponto luz bordado | Isabel Pyrrait | 14.10 - 19.11.2022



 

QUEDA | ROGÉRIO TAVEIRA | 14.10 - 19.11.22







 QUEDA 

14.10 - 19.11.2022
de Rogério Taveira 



QUEDA evoca a inexistência de uma plano de referência estável através de um grupo de trabalhos que partiram de um exame ao trabalho mineiro e a memória de uma queda quase fatal durante a infância. É no abismo entre as duas referências que surgem óbvias analogias aos colapsos ecológicos e ideológicos em curso.

sábado, 17 de setembro de 2022

IMAGENS DA EXPOSIÇÃO SORRI / Formas de Medir o Tempo

 EXPOSIÇÃO 

SORRI / Formas de Medir o Tempo
07.09 - 05.10.2022

de Sílvio Salgado
























na foto: Silvio Salgado, Ms Satu Suikkari- Kleven, Embaixadora da Finlândia em Portugal, Rita Almeida Filipe e Catarina Castel-Branco (membros da direção da Diferença) 





quinta-feira, 25 de agosto de 2022

SETEMBRO NA DIFERENÇA COM A INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO SORRI / Formas de Medir o Tempo

 




EXPOSIÇÃO 
SORRI / Formas de Medir o Tempo
07.09 - 05.10.2022

de Sílvio Salgado

Inaugura no dia 7 de Setembro de 2022, das 16h às 20h

Ás 18.30h -  discurso de Ms Satu Suikkari- Kleven, Embaixadora da Finlândia em Portugal



Ao longo da parede da galeria, uma linha horizontal pintada e que parece continuar infinitamente. Num amplo papel emoldurado, uma gravura de camadas múltiplas cujo padrão parece transcender a superfície para uma nova dimensão. Os trabalhos de Sílvio Salgado são efémeros e infinitos, contudo são intervenções físicas que têm um princípio e um fim, uma existência no espaço e no tempo. No espectador, os trabalhos provocam sensações tanto visuais como conceptuais.
SORRIR é um momento passageiro ou um estado mental. É a alegria de realizar uma exposição adiada devido à pandemia. SORRIR expressa o alvoroço com os sofrimentos e manifesta a efemeridade da vida. 


Catálogo da exposição disponível 



https://www.vienna-international-apartment.net/


Mecenas 

Art Promotion Centre Finland 

Vienna International Apartment 

Embassy of Finland Lisbon 




EXPOSIÇÃO DE GRAVURA | SETEMBRO NA DIFERENÇA





 


EXPOSIÇÃO DE GRAVURA 
07.09 - 05.10.2022

das Oficinas de Gravura da Diferença 

Inaugura no dia 7 de Setembro de 2022, das 16h às 20h

quarta-feira, 27 de abril de 2022

INAUGURAÇÃO | EXPOSIÇÃO PASSO PARTILHADO . SHARED FOOTPRINTS | Joanne Grüne-Yanoff . Irene Buarque


 


A exposição Passo Partilhado surge do diálogo entre as artistas Irene Buarque e Joanne Grüne-Yanoff, cujas obras exploram a simbiose entre movimento e transformação. Materialidades, temporalidades e sensibilidades em fluxo encontram-se na instalação agora apresentada na Galeria Diferença, que integra a peça Passo-a-Passo (1983), de Irene Buarque, e uma série de pegadas Grüne-Yanoff, entre outros trabalhos.



The exhibition Shared Footprints emerges from the dialogue between the artists Irene Buarque and Joanne Grüne-Yanoff, whose works explore the symbiosis between movement and transformation. Materialities, temporalities and sensibilities in flux can be found in the installation now presented at Gallery Diferença, which integrates the piece Passo-a-Passo (1983), by Irene Buarque, and a series of Grüne-Yanoff footprints, among other works.

                                 

                           


https://www.joannegruneyanoffart.com/
http://www.irenebuarque.com/

APRESENTAÇÃO DO CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO GREENHOUSE / SEMEAR





 

sábado, 26 de março de 2022

EXPOSIÇÃO GREENHOUSE / SEMEAR | ISABEL GARCIA | 02.04.2022 | 16.00 - 20.00




GREENHOUSE/SEMEAR


SEMEAR os quatro cantos do mundo numa Greenhouse, é a metáfora da recriação do planeta que habitamos.

Dentro da sala quadrada da Galeria, cujas proporções se aproximam do cubo, podemos imaginar os pontos cardeais Norte, Sul, Este, Oeste, em cima Zénite e em baixo Nadir. Orientações primordiais que permitiram que as sociedades primitivas se organizassem em territórios que lhes pareceram propícios. O acto de espetar uma estaca no solo, ou amontoar uma quantidade de pedras, era o sinal da fundação. 

Tomando a sala quadrada como o lugar escolhido para a fundação, Isabel Garcia demarca o território onde encena a criação de um mundo glacial, asséptico, intocado, disponível para todas as possibilidades. 

Nas quatro direcções desse mundo, são semeadas matrizes que contêm a génese de tudo o que é material e visível: animais, vegetais, minerais, terrestres, aquáticos e aéreos. 

Semear de novo o mundo dentro de uma Greenhouse cúbica, pode parecer uma brincadeira de criança que povoa uma casa de cartão.

 Encenar e teatralizar, faz parte da aprendizagem e é um acto de entendimento e interpretação da vida e do mundo. 


 

EXPOSIÇÃO SUCESSÃO | ALBERTINA SOUSA | 02.04. 2022 | 16.00 - 20.00


         



 








Inspira... 


A linha é longa. Dentro das caixas vai pelo movimento que perscruta modos possíveis de habitar o espaço contido. Prolonga-se por planos impressos de trabalho minucioso que se recolhem sobre si mesmos, por método, por acaso, ou por um ajustamento entre ambos, mas sempre a fundo. Na quietude e na inquietude. A linha insiste, persiste, resiste. Avança. Refuta a condição de imobilidade que as percepções emolduradas têm por certa. Vai de encontro à única face transparente e mostra-se em partes que sugerem haver mais, muito mais do seu extenso corpo que se tornou segredo para a vista... 

O que podemos saber das raízes da árvore quando olhamos a copa? 

                                                                     

Aparecem as formigas. Aparição insólita ou transmutação da linha em pequenos pontos e traços desiguais que afirma a sua liberdade de ser qualquer outra coisa quando quer. Como acontece na verdade da brincadeira de uma criança. 



Inspira ainda...


As caixas tornam-se transparentes e dentro delas a linha integra pequenas arquitecturas de silêncio. Por modos rectilíneos estende-se ao longo da densidade morna do feltro. Oculta-se por entre a potência dos espaços concentrados. Afirma-se sobre os relevos dançados pela claridade sendo apenas visível à tona da última volta. Como por mistério, a recta torna-se curva sem deixar de ser recta. Talvez porque acompanha a geografia do que a suporta... 

O que podemos saber da luz no deserto quando olhamos as dunas? 



Expira devagar... 


A linha discorre agora planamente. Por entre a evidência do princípio e do fim joga-se à relação com a profundidade. Imprime-se sobre a transparência tomando direcções determinantes. Os planos dos vários trajectos sobrepostos são ávidos da brisa que balança as distâncias e as aproximações. Estabelecem-se relações que duram entre o gesto que as fixa e o gesto que as solta. Conscientes e precisos. Composições irrepetíveis que o olhar busca em travessia descobrindo que do visível ao invisível acontece o que o movimento do corpo suscita, mesmo se mínimo. Olhamos. Simultaneamente perto e longe está o mar... 

O que podemos saber da contiguidade entre a água e o ar quando olhamos o horizonte?



Expira tudo...


Suspensão. A linha ergue-se ao sol. Propaga-se em percursos de uma escrita inaugural sobre planos diáfanos. Porventura trechos de canções matinais com sonoridades contidas nas entrelinhas dos tracejados a prumo. O som da luz a passar. Em total evidência a linha acontece como franca declaração. Todos os circundantes pontos de vista sobre si integram o sentido de como na aparente repetição fluí continuamente o recomeço...

O que podemos saber da alpinista desconhecida quando olhamos a montanha que subiu?




Marta Traquino, 

30 de Março de 2022.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

ABERTURA DE EXPOSIÇÕES | 19 DE FEVEREIRO | 16.00 - 20.00

 








vagabundeia sobre as folhas uma proliferação de criaturas. Trôpegas, prosseguem num confuso e eufórico cortejo. Desfile de carnaval ou procissão religiosa, estes personagens instáveis, quiçá ébrios, manifestam-se sofregamente. Talvez protestem contra mim.

Nem sempre sei de onde vêm, mas chegam-me em ritmo descompassado, empurram-se, agridem-se, pisoteiam-se e abraçam-se. Nada solitários, tanto se amontoam uns sobre os outros, como se dispersam sem que eu neles tenha mão. Não são de fácil convivência, são tumultuosos e interdependentes. Geralmente enternecem-me por me serem familiares, são uma estranha companhia, desassossegam-me. São deselegantes, canhestros, patéticos, contorcem-se em movimentos convulsos, muito se agitam agitando-se em mim. 


A série de desenhos intitulada procissão foi pensada para dois formatos, livro e a instalação que se apresenta na sala triângulo da Galeria Diferença.

















Nascida do desinteresse pelo rosto mascarado da pandemia, esta série de desenhos serve como uma exploração do olhar através da sua rejeição, da perda de acesso ao mesmo além de uma aceitação geral do ato voyeurístico do desenho.

 

 

 

 

 

 

João Carola é Artista Gráfico e Professor de Ilustração e BD no Ar.co e LSD.

Colabora regularmente com o jornal de expressão anarquista A Batalha.

Tem bandas desenhadas publicadas nas revistas Gerador #11 (2017), nas Pentângulo #1–2 (Ar.Co/Chili Com Carne, 2018-2019), Revista Cais (2019), Querosene (2021) bem como os zines auto publicados Acusmática (2018) e Balance (2021).

Em 2019 co-editou com Dois Vês a antologia "All Watched Over By Machines Of Loving Grace" (Chili com Carne), nomeada para o prémio de Melhor BD Alternativa no Festival Internacional de BD de Angoulême.




terça-feira, 11 de janeiro de 2022

ABERTURA DE EXPOSIÇÕES | 13 DE JANEIRO | 16.00 - 20.00

 


 



Esta exposição estabelece a correlação temporal e material sobre o trabalho manual e artístico de três mulheres da mesma linhagem genética- duas rendeiras e uma artista que se predispõe a questionar, descontextualizar e trabalhar à volta e com as peças criadas pela sua família. 

 Considerando o território rural e isolado em Portugal no século XIX e princípio de XX,  reconhece-se a falta de recursos educacionais e culturais disponibilizados ás figuras femininas nas províncias, figuras essas que apenas consideravam o crochet entretenimento ou escape, na inconsciência do tesouro que criavam e consequentemente, na marca artística que deixariam para as futuras gerações. 

 Com a exposição “Entrelinhas”, a artista encontra uma relação estética nos naperons feitos pela sua avó paterna e bisavó materna e o seu trabalho contemporâneo. Em termos formais, os processos distinguem-se na medida em que na renda utilizam-se como pontos fulcrais a simetria, o foco e repetição; o oposto do seu trabalho, assimétrico, abstrato. Em contraste, em termos conceptuais, ambos os processos resultam do sentido de identidade, liberdade artística e linguagem decorativa.

  A artista explora, predominantemente com o desenho, as narrativas de sua infância, que num labirinto de memórias fotográficas se expandem a partir do mesmo para a escultura, dando ao corpo de trabalho elementos não só autobiográficos como também multifacetados e enigmáticos, incluindo objetos que fazem parte da família, intervenções pictórica nas rendas originais e valorização da sua materialidade em diálogos frescos e intuitivos através da técnica do decalque e novas composições. 

 Os laços emocionais são o que trazem um sentido nostálgico às peças, que desde a estética portuguesa antiga ao contemporâneo transbordam a melancólica poesia da verdadeira saudade. 

 Questiona-se a existência da veia artística de família, sendo que se identifica á tanto tempo e no presente, os mais novos também fazem promessas em relação á arte, nas suas variadas formas.

Será esta linha de tempo, uma linha contínua?



                                                                                                                                               Fabiana Simões