quinta-feira, 25 de novembro de 2021
sábado, 6 de novembro de 2021
sábado, 16 de outubro de 2021
ABERTURA DE EXPOSIÇÃO "FAZ MAL!" DE NADJA ABT - 16.10.21 a 27.11.21
Faz Diferença – um poema de Nadja Abt
Num grande supermercado em Lisboa, descobrimos uma lata de bacalhau cujo motivo chamou a nossa atenção. Uma dona-de-casa com um avental de cozinha segurando o peixe seco nas mãos.
Não és um peixe, és um OVNI, uma guitarra de rock, és Cristo na cruz nas mãos de Maria, és uma vagina supostamente fedorenta, és o emblema do mar sangrento, és tradição em Portugal, na Grécia, na Noruega, na Alemanha, és uma arma e agora estamos a usar esta arma. Contra o patriarcado. Não precisamos de avental para isso, mas obrigada de qualquer forma pelo presente do Dia da Mãe.
BACALHAU BACURAU
É transportado nas mãos da mulher radiante feliz. No entanto, sabemos o peso que esta coisa seca pesa nos braços. E como cheira mal.
Não faz mal.
Tudo importa.
FAZ MAL!
Fass mal nicht an.
Não mexe.
Vamos fazer o que homem nos diz para NÃO fazermos.
Nada de mal, apenas não é nada.
Esta é uma viagem anti-cruzeiro. Não andamos em círculos, damos meia-volta.
Estamos a dar a volta a nós próprios.
Ficamos em terra, porque não queremos descobrir. Descobrimo-nos a nós próprios.
To the journeywoman pieces of myself. (Audre Lorde)
Nadja Abt (n. Vladimirovich) é artista e autora que vive entre Berlim e Lisboa. Abt estudou literatura e história da arte na Freie Universität de Berlim e artes visuais na Universidade das Belas Artes de Berlim e na Universidade Torcuato di Tella em Buenos Aires. Na sua obra, ela constrói narrativas feministas que fazem referência ao mundo literário e cinematográfico. Recentemente apresentou exposições e performances na HUA international Gallery, Pequim; Bärenzwinger Berlin; Pogo Bar/KW-Institute for Contemporary Art, Berlim; Haus der Kulturen der Welt, Berlim; Pivô, São Paulo; Casa Triângulo, São Paulo. Continua patente a sua exposição individual na Kunsthalle Freeport, Porto até 29 Outubro.
Faz Diferença – a poem by Nadja Abt
In a large supermarket in Lisbon, we discovered a cod can whose motif caught our attention. A housewife with a cooking apron holding the dried fish in her hands.
You are not a fish, you are a UFO, a rock guitar, you are Christ on the cross in the hands of Mary, you are a supposedly stinking vagina, you are the emblem of bloody seafaring, you are tradition in Portugal, in Greece, in Norway, in Germany, you are a weapon and we are now using this weapon. Against patriarchy. We don't need an apron for that, but thanks anyway for the Mother's Day gift.
BACALHAU BACURAU
You are carried in the hands of the happy beaming woman. Yet we know how heavy this dried thing weighs in the arms. And how it stinks.
Não faz mal.
Anything matters.
FAZ MAL!
Fass mal nicht an.
Don`t touch it.
We're going to do what Man tells us NOT to do.
Nothing bad. Just not nothing.
This is an anti-seafaring voyage. We don't go around in circles, we turn around.
We are turning around ourselves.
We stay on land, because we don't want to discover.
We discover ourselves.
To the journeywoman pieces of myself. (Audre Lorde)
* Não faz mal is a Portuguese expression meaning: It`s okay, never mind, it doesn`t matter. Faz Mal means: it`s bad, it does harm. Faz Mal! can also mean: Make something bad!
Nadja Abt (b. Vladimirovich) is an artist and writer who lives between Berlin and Lisbon. Abt studied Literature and Art History at Freie Universität Berlin as well as Fine Arts at Universität der Künste Berlin and the Universidad Torcuato di Tella in Buenos Aires. In her works, she constructs feminist narratives that reference the world of literature and film. Recent exhibitions and performances include HUA International Gallery, Beijing; Bärenzwinger, Berlin; Pogo Bar/KW-Institute for Contemporary Art, Berlin; Haus der Kulturen der Welt, Berlin; Pivô, São Paulo; Casa Triângulo, São Paulo. Her solo exhibition at Kunsthalle Freeport, Porto, is on view until 29 October.
terça-feira, 7 de setembro de 2021
ABERTURA DE EXPOSIÇÕES | 11 DE SETEMBRO | 16.00 - 20.00 NA GALERIA DIFERENÇA
Em Voo Duplo observamos o resultado e os vestígios de mais de um mês de trabalho colaborativo entre dois artistas em formato de residência onde são exploradas linguagens escultóricas e de performance audiovisual. Maria Ribeiro e Francisco Trêpa exploram juntos a dimensão material do reflexo e abordam uma esfera de processos que refletem sobre o conceito de armadilha através de métodos que capturam imagens.
excerto de texto de Carolina Pelletier Fontes
a leveza não se traduz nem explica , não se ilustra nem comenta — como não se deseja nem se procura sem antes saber que há ., a riqueza que a suporta raramente é percebida .. surgem ambas sempre em estado simples ainda se o processo para a atingir esteja longe de o ser .
divagam imagens surtidas por entre imaginários : vagueiam como registos fósseis ., ou evocando linhas galácticas ., ou redes neurais ., filamentos de partículas sub-atómicas ... , ou como meras folhas raízes poeiras e areias , mais acessíveis e ordinárias
contudo , aqui , os gestos para obter novas impressões , não são dirigidos a seres iluminados ( que revelarão o seu instante e presença pela luz ) , mas a sombras por fixar ( que se irão revelar , à luz , pelo tempo , variável )
excerto de texto de Manuel Rodrigues
quarta-feira, 23 de junho de 2021
quinta-feira, 13 de maio de 2021
ABERTURA DE EXPOSIÇÕES | 22 de Maio, Sábado, 16h00 | "Who Am I? Who Are You?" de Cristina Ataíde | "Arquivo Botânico" de Bruno Côrte
Cristina Ataíde
Nasceu em Viseu. Vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Escultura pela ESBAL, Lisboa.
Foi diretora de produção de Escultura e Design da Madein, Alenquer de 1987 a 1996 que fundou juntamente com José Pedro Croft, António Campos Rosado e João Taborda e onde trabalhou com Anish Kapoor, Michelangelo Pistolleto, Matt Mullican, Miguel Branco, Jorge Martins, entre muitos outros artistas.
A sua obra é feita muitas vezes em viagem e as preocupações com natureza e sua preservação é uma das constantes do seu trabalho e pesquisa. A estética relacional está cada vez mais presente nas suas intervenções publicas.
Faz regularmente residências artísticas, pois é uma forma de conhecer, relacionar-se e interagir com os lugares e as comunidades onde se realizam. Em 2019 participou na Residência LabVerde, na floresta Amazónica e no Projeto RIZOMA na Andrea Rehder Arte Contemporânea em São Paulo; em 2017 Ethiopia Walkscapes, Hangar Residency na Ethiopia e em 2014 na Winter Workspace Program, Glyndor Gallery, Wave Hill / Bronx, New York, USA.
Atualmente, tem a exposição individual, Dar corpo ao vazio/Emboding the void com curadoria de Sérgio Fazenda Rodrigues no Museu Coleção Berardo, CCB, Lisboa e no Museu de História Natural e Ciência de Lisboa, participa na exposição Sexualidade.
Este ano também expôs, Cartografias Afetivas com curadoria de Cassiana Der Haroutiounian na Andrea Rehder- Arte Contemporânea em São Paulo e Todo y Sólo Luz/ All and only Light com a comissária Mª Antónia de Castro no Centro de Arte Faro de Cabo Mayor, Santander.
Bruno Côrte
Na exposição Arquivo botânico, o artista Bruno Côrte convida a um passeio na memória da natureza. A natureza é o mundo dele. Sempre o foi, desde a sua infância na Ilha da Madeira.
O artista observa as plantas. Regista-as em monotipias, leves e amplas como paisagens.
Da imensidão da vegetação recolhe fragmentos vivos. Constrói um arquivo onde guarda a memória das plantas e das flores. Depois de se apoderar dos elementos naturais, abre a mão. Deixa a vida seguir o seu curso natural. No diálogo entre os vários tipos de registo expande-se a memória.
Lut Caenen
Excerto do texto do catálogo
Com formação em pintura e ilustração na Universidade da Madeira e na AR.CO, respectivamente, começou a expor em 1998. Em 2001 vence o primeiro prémio do II Concurso Regional de artes Plásticas, na Casa das Mudas, Ilha da Madeira com Landscape Study e em 2003 vence o segundo prémio no mesmo concurso com duas fotografias de grande formato. Foi seleccionado em 2003 para o III Prémio de Escultura City Desk, no Centro Cultural de Cascais, onde apresentou a peça Guarda-Folhas. Em 2008 vence uma bolsa de viagem ao Japão atribuída pela Bienal de Cerveira de modo a prosseguir com um projecto de pesquisa em torno da paisagem, um tema que tem vindo a ser pesquisado e explorado de diversas formas, quer na pintura, instalação e mais recentemente com a fotografia. A utilização de espaços fechados para a realização de plantações e uma evidente reinterpretação da natureza têm sido aspectos relevantes no seu trabalho, onde se destaca Landscape Room, no Teatro Municipal, Funchal, 2002 e Private Underground, no Museu de Arte Contemporânea, Funchal, 2003. A apropriação e posterior utilização e acumulação de diversos elementos da natureza, tais como folhas, flores, ramos de árvores e plantas tem sido outra predominância, por vezes associados a objectos de jardinagem, Me and my nature, na Casa da Cultura de Santa Cruz, 2002; Sementes e outras naturezas, na Galeria Serpente, Porto, 2004; Chlorophyll Room, no Museu de Arte Contemporânea, Funchal, 2007; Paisagem, Galeria Trema, Lisboa, 2011, onde cobriu três paredes da galeria com flores ou Estudos para paisagem na Galeria dos Prazeres em 2013 são exemplos. Neste momento a sua pesquisa artística incide principalmente na gravura e fotografia. Uma nova abordagem da paisagem tem marcado o seu trabalho. A analogia entre o homem, a natureza e o próprio artista, assim como uma nova interpretação e disposição do tempo natural das estações do ano, das intempéries e do crescimento das plantas são alguns critérios a destacar nesta observação, in loco ou à distância, metódica e quase minimalista. Expõe regularmente na Galeria Serpente, no Porto.
quarta-feira, 24 de março de 2021
REABERTURA COM EDUARDO PETERSEN E MARTA CALDAS | 10 DE ABRIL 2021 | GALERIA DIFERENÇA
10. 04. 21
10H - 13H
Óscar Faria
Janeiro 2021
Expõe individualmente desde 1993, das quais se destacam: “E agora Sr.Dr.?”, Galeria Lóios (Porto, 1998) “Do you love me?”, no Hotel Forte de São João Baptista (Vila do Conde, 2000) e “A Caminho de Marte”, Sismógrafo, Porto, 2019, esta com curadoria de Óscar Faria.
Eduardo Petersen participou no “Prémio EDP Jovens Artistas”, 5ª edição (Coimbra, 2005), e nas exposições colectivas “Espaço Interpress” (com António Bolota e Teresa Henriques), (Lisboa, 2006), “Straight ahead and then turn”, “Espaço Avenida”, Lisboa, 2008.
Conta também com diversas colaborações, nomeadamente com André Catalão, Agostinho Gonçalves e Paulo Lisboa nos seguintes projetos: “Vltra Trajectvm”, Expodium (Performance, Utrecht, Holanda, 2011), “Hotchpotch”, Lx Factory (Colectiva, Lisboa, 2010) e “Otia Tvta”, Palácio Quintela (Performance, Lisboa, 2009). Colaborou com António Leal, Cristina d’Eça Leal, Ana Pissara e Diana Simões na vídeo instalação “No tempo da melancia”, “Espaço Avenida” (Lisboa, 2010). Participou também em dois projetos com Marta Caldas, Armanda Duarte, Mariana Ramos, Maria Teresa Silva e Thierry Simões: “Elevação, Suspensão, Afinação”, Parkour (Lisboa, 2014) e “Caixa de Contar”, uma peça especialmente concebida e produzida para a biblioteca do Morro do Céu, MAC, Niterói, Rio de Janeiro (Lisboa, 2010).
Marta Caldas (Lisboa, 1982), expõe regularmente as suas obras desde 2006. Para além de exposições e projectos individuais, tem participado em exposições colectivas e colabora com frequência em projectos e «peças –exercícios» com outros artistas, nomeadamente com Armanda Duarte, Eduardo Petersen, Maria Teresa Silva, Mariana Ramos e Thierry Simões.