sábado, 15 de fevereiro de 2020

5 ELEVADO a 3 | NIM CASTANHEIRA






NIM CASTANHEIRA
5 elevado a 3
15 / 02/ 2020 - 07/ 03/ 2020

monotipias e gravuras || trabalhos em têxtil e papel 
O trabalho numa prensa de gravura pode ser aditivo. Infinitamente viciante! São tantas as possibilidades que se nos deparam em termos de técnicas que a experimentação e o gozo na constante elaboração podem comandar o acto de criação do artista. 
5 elevado a 3 agrupa um conjunto de trabalhos que se foram desmultiplicando em torno deste “monstro” monolítico que gira ao nosso comando existente na oficina do 1º andar da Cooperativa Diferença. E aqui, na cave, no Espaço Quadrado, reúnem-se impressões elaboradas com base na usual técnica da zincogravura juntamente com trabalhos resultantes das mais diversas técnicas mistas, em tecido de algodão e em papel gampi oriundo do Japão. Torno a repetir, este processo quase inesgotável de uma procura plástica constante é testemunho do quão viciante pode ser o acto criativo, quer pelo prazer na experimentação, quer pela própria necessidade vital de elaboração mental (e física) de qualquer artista.
5 são as propostas nos mais variados suportes: a primeira, a mais tradicional e a única aqui passível de ser reproduzida em múltiplos, são as gravuras com uma matriz em zinco, e a utilização de águas fortes e águas tintas; depois, as monotipias, em trabalhos irrepetíveis como a gravura em oco com um apontamento de “linha costurada”, as técnicas mistas sobre papel gampi, as faixas ao alto em jeito nipónico de pano cru e as pequenas telas com simples anotações de costura. 
3 porque é uma ancestral “trilogia” e é a minha escolha para as paredes deste Espaço Quadrado numa combinação que me parece equilibrada do ponto de vista expositivo. Além disso, o work in progress em torno de desdobradas provas plásticas, conduz a uma construção de inúmeros exemplares, que, à parte estes três, ficaram na gaveta. Contudo, como em muitos princípios normativos, a excepção confirma a regra, na elaboração mental (e prática) tanto surgiram trípticos como dípticos que se encontram no centro desta sala.
www.nimcastanheira.com

UMA LUFADA DE FUMO NA CARA




15/02/2020 – 07/03/2020
        
         Uma lufada                          
         de fumo 
         na cara 


Nicky Coutts, Theodore Ereira-Guyer, Mariana Gomes, 
Jorge Santos, Pedro Valdez-Cardoso, Carmela Garcia 


A exposição Uma lufada de fumo na cara é sobre o ato de camuflar. Não há um ponto final ou um esconderijo perfeito. Uma lufada de fumo na cara dá início a um diálogo, começando por perguntar como nos misturamos com o entorno e em que medida o fazemos.


Esta exposição junta cinco artistas: Nicky Coutts, Theodore Ereira-Guyer, Mariana Gomes, Jorge Santos, Pedro Valdez-Cardoso e Carmela Garcia.

Estes artistas apresentam trabalhos de desenho, gravura, xilogravura, fotografia e colagem. Através destes medias pretende-se pensar conceitos de mimetismo ou de como a imitação estabelece ligações entre natureza e cultura. Pretende-se a criação de diálogos, explorando a ideia de camuflagem através de conceitos como o disfarce, sistemas de defesa, do ocultar e o revelar assim como da sua relação com o entorno.

A palavra ‘camouflage’ surgiu durante o século vinte moderno, no âmbito das problemáticas e preocupações inerentes a esta mesma época. Tendo origem na linguagem do quotidiano e da rua, da linguagem popular.


Em camouflage o natural e o artificial misturam-se, criando o que poderemos pensar do outro, tornando-se numa linguagem e num sistema de signos que quando apreendidos revelam o que se encontra por revelar.
Em que momento é que algo começa a desaparecer?



Nesta exposição irá ser apresentada uma caixa de 12 gravuras, para a qual cada artista realizou duas obras.
Este objeto apresenta a edição de xilogravuras, gravuras, fotogravuras e linóleos.